“Entrar no domínio político é arriscar contribuir com a polarização e desestabilização”, reflete Peterson. “Mas se abster disso é arriscar as consequências do silêncio e inação. Então escolhi o primeiro risco. E com certeza é um risco. E tento ser o mais razoável possível sobre isso. E sem dúvida eu poderia ter sido mais razoável. Continuo tentando aprender a ser mais razoável. E tenho pessoas no meu círculo imediato assistindo o que estou fazendo o tempo todo e criticando o que estou fazendo intensivamente. Incluindo minha família. E estou prestando atenção no feedback e ouvindo quando dou minhas palestras. E estou tentando ser o mais razoável possível. Agora, isso não significa que posso estar me saindo tão bem nisso quanto seria esperado – com certeza.”
De certa forma, o trabalho de um crítico é fácil. Nos arriscamos pouco, e temos prazer em avaliar com superioridade os que nos submetem seu trabalho e reputação. Ganhamos fama com críticas negativas, que são divertidas de escrever e ler, mas a dura realidade que nós críticos devemos encarar é que, no quadro geral, a mais simples porcaria talvez seja mais significativa do que a nossa crítica. Mas, há vezes em que um crítico arrisca, de fato, alguma coisa, como quando descobre e defende uma novidade. O mundo costuma ser hostil aos novos talentos, às novas criações. O novo precisa ser incentivado. Ontem à noite eu experimentei algo novo: um prato extraordinário de uma fonte inesperadamente singular. Dizer que tanto o prato quanto quem o fez desafiam minha percepção sobre gastronomia é extremamente superficial. Eles conseguiram abalar minha estrutura. No passado eu não fazia segredo quanto ao meu desdenho pelo famoso lema do Chef Gusteau: “Qualquer um pode cozinh...
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